terça-feira, 13 de setembro de 2011

TIMELINE - GUS

VIDEO

AUDIO

01:00 – 05:00

- Close numa tela de laptop, um documento do Word aberto, uma tabela rosa, vê-se este texto sendo digitado.

- Close num cinzeiro cheio.

- Corta prum bar pequeno e estreito, com um palco bem estreito ao fundo, onde duas transformistas, Sayara e Larissa Bravo dublam o final a musica que tinha tocado há pouco. Sayara usa um chapéu de cowboy, um vestido curto vermelho, pernas peludas, sem peruca. Larissa esta de peruca loira de franjinha e dubla o som da gaita.

- Trecho inicial de Alanis Morrissette “Hand in my pocket” tocando bem baixinho, numa qualidade de rádio barato, junto com som do teclado do computador.

- Barulho de isqueiro.

- Som ambiente, de aplausos e gritos de empolgação.

05:00 -10:00

- Volta para a tela de laptop, mas a câmera abre, mostrando a mão de quem digita, e os objetos que estão espalhados pela mesa. Depois, stills de cada objeto: novamente o cinzeiro, quase transbordando, um cd virgem dentro da capa, um celular antigão, um tubinho de colírio, de novo o cinzeiro, uma capa de câmera fotográfica, duas canecas vazias, e um monte de fios que ligam o computador na eletricidade e no modem.

- A câmera acompanha os fios, que vão ficando cada vez mais grossos e maiores, até se ajuntarem atravessando um buraco que tem na parede. Depois da parede, os fios seguem espalhados pelo chão do banheiro, atravessam outra parede, um muro, se espalham por um terreno baldio, e se enrolam em algumas árvores que estão espalhadas, se esticam por cima de outros muros, se enrolam em feixes bem grossos, entram em janelas de prédios, estão enrolados em volta de pessoas que estão dormindo em sofás e camas. Os cortes vão ficando mais dinâmicos, mostrando varias pessoas, em vários lugares, enroladas em feixes de fios eletrônicos, mas se comportando naturalmente, como se nada estivesse acontecendo.

- Silêncio. Em alguns momentos, entra um som bem baixinho, quase inaudível, indicando a mudança dos quadros, como se fosse um som de câmera fotográfica, mas não reconhecível como tal.

- Muito lentamente começa um som de piano, uma baladinha romântica meio Richard Clayderman, também com ruído de rádio. O volume vai aumentando até ficar insuportável.

10:00-15:00

Luz se apagando. Só um brilho de tela de computador bem no fundo, nublada. A câmera reproduz o movimento de um olho fechando, de dentro. Uma luz fosca e marrom se seque de pequenos brilhozinhos azuis, na dinâmica de um salva-telas, mas é uma imagem orgânica, viva.

Essa sucessão de imagens, pontos brilhantes num fundo escuro, vai sumindo sumindo até ficar tudo preto.

- Uma voz masculina, como se estivesse no telefone “...88 33”.

- Uma risada de mulher, ela continua falando pedaços de frases “Olha o que que eu fiz...”, “...coloquei o telefone dele”
- Uma voz masculina “Não, antes era Tim?”. Outra voz masculina responde “Não, antes era Vivo”.

- Aos poucos entra uma musiquinha animada de orquestra, Squirrel Nut Zippers talvez, algo bem vintage mas moderninho.

- Uma voz masculina “XPTO”.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

CARTAS E RASCUNHOS

Gosto mais do nome do blog. do que do nome da peça.
Gosto mais dos postais do que dos pôsteres.
Gosto mais do Gus do que do Dimis.
E gostei mais de você, por mais tempo do que gosto de gostar de alguém. Eu Não gosto de gostar.

O que te completa?
É. O que te completa aqui dentro dessa sala?
Eu queria me sentir completa e por isso vesti aquela jaqueta da Zara.
Algumas oportunidades só aparecem 1 vez na vida, e as vezes, quando aparecem, a vontade já passou. O que chamaríamos nos lados de cá de oportunidade gongada.

Dimis, eu gosto de você sim, tá?

Senti sua falta. De estar com você, de me divertir as suas custas, de sair as suas custas, de comer as suas custas, de beber as suas custas. Você acha isso ruim?
Por favor me responda assim que possível.
Mais tarde te dou um toquinho, ok?


*Participação do Eduardo

TIMELINE



*Vídeo
* Áudio

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Imagem de um recorte do apartamento (imagem frontal: rack, TV, Bolsas na parede, adesivo um cantinho do varal de chão).
Silêncio.
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Corta para blackout.
vozes, risos, uma conversa informal.
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Imagem de outro recorte do apartamento (parte de trás da TV, canto do rack e também do varal, sofá com Eduardo, Dimis, Talita).
A mesma conversa da cena anterior segue e é possível perceber uma quarta voz que vem do notebook.
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A imagem vai perdendo o foco e nitidez e vai dando lugar a outra imagem.
Vozes e Conversa vão dando lugar a uma música da trilha do filme Rede Social.
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A imagem que surge é um close - uma pessoa morde uma pêra.
Segue a música do filme Rede Social.
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Outro close, outra pessoa mordendo uma pêra.
Segue mesma música.
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Outro Close, mais uma pessoa mordendo uma pêra.
Mesma música.
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Outro close...
Mesma música....
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Outro close...
Mesma música...
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Cena aberta - imagem frontal: vemos o público de uma sala de cinema, onde várias pessoas estão comendo pêra.
Mesma música.
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Corte - volta para a sala - mesmo enquadramento - no meio da movimentação vemos Talita tirar uma pera de sua bolsa e morder.
Som ambiente, conversa, risos e a musica do filme Redes Sociais, quase inaudível, que vem do notebook.
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Corte - a cena anterior se repete, mas agora em preto e branco.
O Som é praticamente o mesmo, mesma conversa, mesmo riso, apenas a música não existe mais.

PERSONAGENS

- O Bichinho que segue, persegue e se arrasta
- A Tia e seu vestido com fenda lateral, com uma história que inclui malabares e novas regras sempre
- A Sapa com vestido de noiva

TRADUÇÃO 2

Duas criaturas, dois seres que andavam descompassados. Eu estou falando do Du e dos Gus em um determinado momento do ensaio.
Falaram, falaram e de repente, esgotou o assunto. É quando o corpo reage, disfarça, exercita o constrangimento da falta de assunto. O Gus corre enquanto o Du dança.
São apenas dois bichos? Não. Duas bichas.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

TRADUÇÃO 1

PROPOSTA: Fazer a tradução do que estava acontecendo no estúdio.
(24, ago)

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AGORA ELES SABEM QUE EU ESTOU OBSERVANDO.

FICARAM EM SILENCIO UM POUCO.


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VOLTARAM A FALAR DE BANALIDADES.

A MICHELE PRESTAVA NO BISCAIA.


É VERDADE

PROBLEMAS DE MEMORIAS. EU TAMBEM TENHO. ELES TAMBÉM. NINGUEM LEMBRA DE OBRAS, FILMES, PEÇAS… FICA SEMPRE UMA IMPRESSAO BEM DISTANTE.


ESTAO ANDANDO EM CIRCULOS E FALANDO DA CLASSE ARTISTICA.


A PRIMEIRA RISADA GRANDE DA NOITE FOI DO GUS.


UI!


BARULHO HORRIVEL DO ATRITO DAS ALMOFADAS.


O GUSTAVO TA CONTANDO A HISTORIA DE UMA PERFORMANCE DO ANGELO. A TALITA SE SURPREENDEU COM ELE.


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A TALI SE ENTREGOU AO COLCHAO. O GUS TA PUXANDO ELA PELA SALA. PARECE QUE ELA TA VOLTANDO. RIO ALTO. O GUS CANSOU E AGORA ELES TROCARAM.


A TALII VAI LEVANTA-LO. ELE PEDE PRA ELA USAR A FORCA CENTRIPETA E RODAR. ELE GOSTA E DIZ QUE EH TAO PARQUE DE DIVERSOES. LEVANTA E DIZ. NAO VOU ME ENTREGAR.


O COLCHAO REPRESENTA UM PERIGO NA SALA. O PERIGO DA ENTREGA.


A TALI SUGERE DE BOTA-LO NO ESPETÁCULO.


ELES ESTAO ALMOFADADOS. O GUS ESTA COM O COLCHAO NA CABEÇA DANÇANDO. ELE É UM HOMEM MEIO HOMEM. MEIO COLCHAO.


A TALI PISA EM ALMOFADAS. ELE GIRA SUA CABEÇA DE COLCHAO. BATE COLCHAO. BATE CABELO-COLCHAO. BATE CABELO COLCHAO MOLINHO.


SONO. ELA ABRE A BOCA E COMECA A ANDAR PISANDO EM ALMOFADAS.


ELA PENSA EM IR EMBORA E VOLTA. OLHA A SALA ESCURA E ESCOLHE FICAR NO CLARO. ELES ESTAO SE APROXIMANDO, PASSAM PERTO. ELES INTERAGEM AGORA. ELE DESISTE. DELA E DO COLCHAO, E GRITA: LIBERDADE, LIBERDADE.